O livro “O cidadão de papel”, de Gilberto Dimenstein aponta que os direitos dos cidadãos estão somente no papel, ficando longe da prática. Sob essa ótica, nota-se uma semelhança com a sociedade brasileira, a qual negligencia o vício em jogos on-line de azar e a falta de fiscalização para evasão fiscal de empresas clandestinas que deixam de cumprir sua responsabilidade social em prol de políticas públicas. Esta problemática gera consequências devastadoras para os apostadores e para a saúde pública.
Em primeira análise, vale destacar que o abandono de pessoas com ludomania, transtorno marcado pela dependência em jogos de azar, vem se intensificando na realidade brasileira, de acordo com a Unifesp. Quase 11 milhões de brasileiros enfrentam problemas psiquiátricos por causa de jogatina. Desse modo, vê-se que esse transtorno é uma questão alarmante na saúde pública e pode ocasionar impactos sociais.
Ademais, a evasão fiscal compromete as arrecadações para políticas públicas. Segundo John Rawls, uma sociedade justa é aquela que distribui recursos de forma equitativa, dá aquilo que a população tem direito. No entanto, com uma perda de bilhões por ano, a ausência desse controle gera grande impacto para a economia e compromete a segurança social. Desse modo, sem arrecadação adequada, o Estado perde recursos necessários que poderiam ser aplicados na saúde pública e na educação, para continuar garantindo bem-estar dos cidadãos.
Diante desse cenário, medidas são necessárias para solucionar o problema. É preciso que o Estado invista na educação digital em escolas e na conscientização dos apostadores, por meio de palestras sobre o consumo impulsivo, como também promova campanhas publicitárias com o objetivo de esclarecer a população sobre os riscos de jogos on-line e reverter o papel de sites clandestinos em responsabilidade social. Dessa maneira, direitos serão garantidos por meio de políticas públicas promovidas com arrecadação.
Redação produzida pela estudante Júlia Jeronimo dos Santos, do 3º Ano do Ensino Médio, durante o Projeto A escrita dialética em plataformas digitais, durante o ano letivo 2025.
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Nos últimos anos, os jogos online deixaram de ser apenas entretenimento e se tornaram o setor de grande impacto econômico social, movimentando milhões de reais. Essas plataformas abrem espaço para discutir responsabilidade social, especialmente sobre como sua arrecadação pode garantir políticas públicas que beneficiem a sociedade.
Primeiramente, é importante destacar que a indústria de jogos online representa uma das áreas com aumento tecnológico expressivo. Com aumento da conectividade e da participação de jovens e adultos nesse universo, a arrecadação, por meio de impostos, torna-se significativa. Assim, direcionar parte desses recursos para áreas como saúde e educação poderia reduzir desigualdades sociais além de transformar o entretenimento digital em instrumento de justiça social.
Além disso, a própria lógica dos jogos online pode inspirar práticas sociais mais colaborativas. Muitos desses jogos funcionam a partir do sistemas de cooperação em que os participantes precisam atuar em conjunto para atingir objetivos. De forma análoga, a aplicação dos valores arrecadados em políticas públicas, representam esforço coletivo, no qual todos os usuários contribuem indiretamente para atingir melhorias sociais. Dessa forma, o consumo de jogos deixa de ser apenas individual.
Portanto, fica claro que o jogos on-line, quando aliados à responsabilidade social, podem ir além da diversão e se tornar instrumento de transformação social. Para que isso aconteça, é fundamental que as empresas do setor assumam compromissos éticos. Dessa forma, a diversão digital e o fortalecimento das políticas públicas caminham juntas, fazendo com que os benefícios retornem à sociedade de maneira justa e efetiva.
Redação produzida pelo estudante Paulo Germano, do 3º Ano do Ensino Médio, durante o Projeto A escrita dialética em plataformas digitais, durante o ano letivo 2025.
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Karl Marx, em sua filosofia, falava sobre a exploração econômica ao destacar como as classes privilegiadas, aproveitam-se dos mais vulneráveis, priorizando o lucro em detrimento do bem estar social. No panorama atual, isso pode ser presenciado através de jogos on-line, fontes de entretenimento que visam capital por meio de apostas virtuais. Pode-se afirmar que o sistema governamental e a falta de responsabilidade social são os grandes culpados por isso.
Sob essa ótica, a CPI das Bets, Comissão Parlamentar de Inquérito das Apostas, evidencia a falta de regulamentação eficiente e de fiscalização por parte do governo. Segundo dados do G1, quase 11 milhões de brasileiros enfrentam problemas por causa da jogatina, entre os quais, os principais são relacionados à saúde física e mental, sem contar com o super endividamento. Nessa lógica, é dever do poder público atuar para que haja regulamentação e fiscalização de tais fontes de entretenimento.
Ademais, “os fatos não deixam de existir só porque são ignorados” (Aldous Huxley). É evidente o quanto essas fontes de entretenimento causam mal à saúde pública, pois, além dos fatos citados, têm deixado o ser racional irresponsável, a nível de não ter amor à própria vida. Diante desse cenário, é preciso jogar com consciência e segurança.
Em suma, é necessário que, assim como os jogos de loteria da Caixa são regulamentados e fiscalizados, haja o mesmo em relação aos jogos de apostas online, assim, garantindo a segurança e confiança do povo, oferecendo um ambiente mais responsável e saudável a população verde-amarela.
Redação produzida pela estudante Ana Kamilly Felix da Silva, do 3º Ano do Ensino Médio, durante o Projeto A escrita dialética em plataformas digitais, durante o ano letivo 2025.









