Por: Laura Nayane Albuquerque Diniz, 2º A

“A prática da mente Zen é a mente de principiante. A inocência da primeira pergunta – o que sou eu? – é necessária em toda a prática Zen. A mente do principiante é vazia, livre dos hábitos do experiente, pronta para aceitar, para duvidar e aberta a todas as possibilidades. É um tipo de mente que pode ver as coisas como elas são, que passo a passo e num lampejo é capaz de perceber a natureza original de tudo.”
“Mente Zen, Mente de Principiante”, de Shunryu Suzuki, é uma síntese do Zen Budismo – uma tradição religiosa com princípios filosóficos próprios. Zen é a prática de realização da natureza de Buda. Isso significa dizer que é uma atitude de vida que perpassa todas as nossas ações.
O livro possui uma abordagem simples e didática, o que torna o processo de leitura fluido e prazeroso. Mesmo aqueles que não são familiarizados com o Budismo podem deleitar-se com as grandes reflexões nele contidas.
Diferentemente de outras tradições budistas, a tradição do Zen (ou Zazen) desvia-se de ideais místicos e fantasiosos, mostrando-nos que a “iluminação de Buda” nada mais é do que reconhecer e aperfeiçoar a sua própria natureza. Buda não estava interessado nos aspectos metafísicos da existência, e sim em seu próprio corpo e sua própria mente no aqui e agora. E quando encontrou a si mesmo, descobriu que tudo quanto existe tem natureza búdica. Essa foi sua iluminação.
Mente Zen, Mente de Principiante transmite a mensagem de que a verdadeira espiritualidade é percebida no dia-a-dia, nas nossas experiências pessoais, em nossos pensamentos e na maneira como nos comportamos. Quando nosso corpo e mente estão em ordem, tudo o mais está no seu devido lugar, de forma certa. Eis o segredo.