Parabéns ao Governo do Estado da Paraíba, que através da Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia promoveu a Primeira Festa Literária da Rede Estadual de Ensino!
A I FLIREDE na 2ª GRE foi preparada com muito amor, compromisso e engajamento na arte literária. Exposições e apresentações de belíssimos trabalhos realizados a partir da produção de sentidos de romances, contos, memórias, poemas, literatura de cordel, crônicas, valorizando as obras dos escritores locais, mais ainda, homenageando-os… foi uma sensação indescritível. Candido tem toda razão ao dizer que a Literatura tem um poder humanizador, pois senti nos versos, olhares, sorrisos e abraços de cada pessoa que compartilhou a sua arte a grande contribuição na formação humana e sociocultural dos nossos alunos. Rildo Cosson, em sua obra Letramento Literário diz que a literatura é considerada por muitos um saber desnecessário ou inacessível, mas os alunos, professores e gestores das escolas públicas estaduais mostraram o contrário do que muitos pensam. Em meio a tanta satisfação, busquei uma palavra para ressignificar a gratidão. Queria uma que a enlevasse no exato grau de acontecimento que ela provoca no interior de cada um, mas vi que isso só seria possível se libertasse todas as emoções para entregá-las de presente ao outro. Portanto faço uso da ideia de libertá-las em forma de poesia.
A Literatura ensina que
As mãos se estendem
E unimos forças
Quando somos rede
Versos pueris ensinam
Que crianças pretendem
Voar em papéis
No universo FLIREDE
Na festa de abertura
Sentiu-se nas nuvens
A professora Maria
Ao ser homenageada
Num Ataque Poético
Por seus ex-alunos
Na Praça Lima e Moura
Até os passarinhos
Fizeram canção
E junto aos artistas
De nossas escolas
Fizeram das tendas
Suas casas, seus ninhos
E os homenageados
Ficaram encantados
em contemplação
Foi lindo de ver
Erivaldo Resende
Elevar no seu verso
A sua nobreza
Enfeitando a rede
Com a sua estrela
Fazendo sorrir
o meu coração
Na festa em Belém
A rede ampliou-se
Porque a FLIREDE
Foi bem mais além
Juntaram-se as mãos
As cores se uniram
E muitos poemas
Que se libertaram
De suas gaiolas
Voaram bem longe
Para outros recantos
Das nossas cidades.
Na festa em Solânea
A semente poética
Há tempos brotou
E muitos dos frutos
Em rimas, em versos
Mostraram sabores
Da diversidade
As aves do céu
Buscaram nas flores
Todas as essências
Lançando nos montes
Da educação
E eu na saudade
Espero ansiosa
Pra ver a Leitura
Vestir-se de festa
Na próxima Festa
Porque a beleza
De nossa cultura
É o que nos define
Em identidade
Por isso eu quero
Lançar no poema
O amor à docência
Porque tenho sede
De ver mais pessoas
Juntarem-se a nós
Tecendo essa rede
Na II FLIREDE
Pra finalizar
Expresso no verso
De minha gratidão
A alegria do encontro
O conhecimento novo
O leito do rio
Que se fez no meu rosto
E digo com a força
Da minha natureza
Que na humildade
Eu tiro o chapéu
Para todos vocês
Que da força motriz
Levaram a Literatura
A palavra mais pura
E me fizeram feliz.